quinta-feira, 18 de julho de 2013

A vida "enverbilhada"

Nasci, gatinhei, levantei-me...
Caminhei pela primeira vez
no mundo que me iria acolher até agora.

Falei, brinquei, estraguei...
Comecei a experiência pecadora
naquilo que chamamos o milagre da vida.

Visitei, conheci, conversei...
Criei uma amizade ferida
com quem tem nas mãos o meu destino.

Li, escrevi, estudei...
Tentei perceber o desatino
de todo o carrossel em que estamos inseridos.

Gostei, adorei, amei...
Enfrentei os rugidos sofridos
dos sentimentos que envolvem esta jornada difícil.

Cresci, cresço, crescerei...
Entendi que afinal é tão fácil
recusar morrer por dentro como contar até três.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Falsas falas

Deus faz coisas bonitas, 
só as faz de vez em quando.
Idealiza tamanhas perfeições, 

mas nisso eu não mando.

Criaturas perfeitas que por aí vagueiam, 

são impossíveis de contar pelos dedos, é certo.
Elas também não me chateiam, 

porém não as quero por perto.

Penso eu que vencem na vida... 

Será que tenho uma ideia errada?
Ganham cada guerra sem nenhuma ferida, 

essas vitórias não significam nada!

Aos meus olhos são seres imundos, 

mastigadores de valores sociais,
irmãos da inveja e do orgulho amantes. 

Não serão eles que estão a mais?

Insignificâncias

Dizer que enfrento a vida no modo Difícil é pouco. Dizer que o acumular de sentimentos é desgastante é pouco. Dizer que a minha vida está sempre encalhada é pouco. Às vezes, penso se não será melhor explodir na altura em vez de guardar ressentimentos dentro de mim. O que é certo, é que as pessoas exigem o melhor de mim, mas no fundo não estão dispostas a pagar um cêntimo para me ver sorrir. Devia colocar-me a mim em primeiro lugar, mas esse não sou eu. Devia não dar importância a quem não me quer bem, mas esse não sou eu. Acho que quem está errado sou eu. Devo mudar? Não sei. Ainda espero o dia em que realmente serei feliz.